O bispo explicou que a Peregrinação é a “oportunidade de aprofundar e compreender mais o significado de família” e que no evento as famílias encontram “o caminho que corresponde à felicidade para viver com beleza o significado dos diversos aspectos da vida”. Dom Petrini lembrou ainda que cuidar das famílias é uma das preocupações centrais da Igreja.
A Igreja, segundo o bispo tem se preocupado “nas paróquias e comunidades” com os valores da família. Ele comentou que nas comunidades estão nascendo “família portadores de uma riqueza humana extraordinária e nós queremos ajudar cada membro destas famílias a viverem em plenitude numa família monogâmica e indissolúvel”.
Para acolher bem as famílias e seus valores, o bispo frisou que a Igreja difunde escolas de família que aprofundam o significado da vida destas novas instituições que estão nascendo. “Na origem destas escolas da Família está o Pontifício Instituto João Paulo II para estudos sobre matrimônio e família que tem uma sede central em Roma e oito sedes à distância como filiais na África, na Austrália, na Coreia, nos Estados Unidos, entre outros lugares, inclusive aqui no Brasil, em Salvador”.
União homoafetiva

“A Igreja não vai fazer uma cruzada sobre esse assunto; não faz parte do estilo da Igreja especialmente nos últimos séculos, mas nós vamos aprofundar cada vez mais a sua proposta que é aquela de permanecer fiel àquilo que é reconhecido como um desígnio de Deus sobre a pessoa e a família”, afirmou.
O bispo comentou ainda que a decisão do STF trouxe uma mudança radical para a humanidade e que as pessoas ainda não pararam para pensar sobre o teor do assunto. Ele recorreu ao livro de Gênesis para falar de família e da união homoafetiva. “Está no início da Bíblia, no Livro do Gênesis, nos primeiros versículos a origem e a diferença nos sexos. Não é uma elaboração posterior da parte das culturas humanas. Talvez não avaliamos a importância da mudança que está sendo introduzida estes dias que não é um pormenor da vida. Trata-se de uma alteração na história que é multimilenar e não é exclusividade da Igreja e do cristianismo”.
Dom Petrini afirmou que a Igreja respeita a decisão dos órgãos do Governo brasileiro, mas ressaltou que a nomenclatura “família” para as uniões homoafetivas descaracteriza o verdadeiro significado de família. “A família é outra realidade, tem outro fundamento, se move dentro de outro horizonte e esperamos que seja mantida esta distinção; assim como seria estranho uma pessoa que usasse um jaleco branco fosse chamada de médico, mas não é médico enquanto não tiver certos atributos para poder exercitar a medicina, da mesma forma é estranho também chamar qualquer tipo de união de casamento só porque duas pessoas decidiram morar embaixo do mesmo teto”.
O bispo de Camaçari reafirmou que a Igreja não vai fazer cruzada sobre o tema e que a sua posição é muito aberta para quem quiser acolher ou rejeitar. “Quem quiser poderá acolher ou rejeitar a posição da Igreja. Não vamos dar início a nenhuma cruzada, mas vamos procurar defender aquilo que
desde Adão e Eva e até ontem foi sempre uma característica típica da vida em nossas sociedades”.
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