1º Domingo da Quaresma (Mt 4,1-11).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Palavra da Salvação.
O texto Bíblico que ilumina a liturgia deste 1º Domingo do tempo da Quaresma nos faz sair dos ensinamentos de Jesus e ir à pratica da missão de Jesus, que culmina na Páscoa do Senhor e na missão de cada um de nós como criaturas de Deus, ou seja, nos coloca Jesus sendo tentado e chamado a corromper sua própria missão, o que Ele não fez, e ainda mais, dá exemplo de que D “EU” S está em nós, nos envolve e de que devemos nos fazer dignos, incorruptíveis diante da Sua presença.
O texto nos apresenta as tentações sofridas por Cristo no deserto. Jesus, ao ser tentado, usa da Palavra de Deus (Escrituras) para dizer que, só um é o Deus por quem fomos criados e a quem voltaremos. Jesus nos deixa algumas lições especialmente a serem observadas e praticadas neste tempo quaresmal: A busca do verdadeiro sentido da existência de cada um de nós; a não preocupação e ação de achar que Deus é nosso “escravo”, e o amor a um só Deus, o da vida, de Abraão, dos Profetas, dos Discípulos e de nós mesmos chamados a sermos santos como o nosso Pai.
Este texto nos fala, bem no inicio, que Cristo foi conduzido pelo Espírito ao deserto, Cristo foi conduzido a um período de, mesmo diante das dificuldades, não deixar a missão de lado em virtude dos prezares do mundo. Jesus, o Filho de Deus, não se deixa bater pelo mal e os deixa o exemplo de pararmos, olharmos e refletirmos sobre quem somos, de onde viemos, para onde vamos, o que fazemos. Nada melhor do que a Quaresma para este passo de conversão e radical opção pelos ideais libertadores de Cristo. Na Quarta-feira de Cinzas, na imposição das cinzas, Jesus nos lembra e o sacerdote nos faz refletir sobre: “Do pó viestes, e ao pó voltarás”, se não fizermos um balanço de nossas atitudes e vermos quem realmente somos, cairemos na tentação de que só de prazeres vive o homem, porém, cairemos também no engano de não sermos felizes, com um sentido para a nossa vida, gastando-a sem um ideal, só por gastar.
Pense nesta frase de Tiago Alberione: “A vida é um dom de Deus. Como você quer gastá-la?”
Jesus, ao ser tentado, diz, em outras palavras, quem não devemos ocupar a Deus com nossos caprichos. Deus é o ser que nos envolve, que nos permite, todos os dias, pensar, andar, raciocinar, fazer nosso sangue pulsar, nosso coração bater, Deus é grande, mas se torna pequeno quando queremos a nossa vontade, pois o soterramos com o que desejamos, mas não paramos para ouvir o que Ele nos pede, tem a dizer; Veja o que dizemos no Pai-Nosso: “Seja feita a vossa vontade, assim na Terra como no Céu”. Por que queremos fazer de deus um tapa buracos só para resolver nossos problemas se não sabemos ver e entender que Deus está aqui, ali, em mim, em ti, na natureza, em todo o lugar?
No Evangelho de Mateus capítulo 6º, versículo 24, Jesus nos alerta a ver, e a refletir sobre quem sou “eu” e qual o sentido da “minha vida”, pois se Deus nos criou, como dissemos, por que nos servimos dos prazeres e caprichos do mundo como senhores da nossa vida?
Pense Nisso: Que é o meu Deus? O Deus da vida? Ou o deus das riquezas, dos caprichos? A Quaresma é tempo de pensar, refletir, de morrer, com Cristo para o pecado, e na Páscoa, com Cristo, Ressuscitar para a vida.
Jovem: Não faça de Deus um “gênio de lâmpada” para realizar desejos, tenha sempre Deus com você. Valorize-se, defenda a vida, não pratique e nem incentive a violência. Cuide da criação de Deus que geme em dores de parto, e assim você estará adorando ao Deus da vida com um sentido para a vida, sem ser a “minha”, mas a “vossa” vontade.
Felipe M. Padilha
Nenhum comentário:
Postar um comentário