Eis a pergunta que nos fará refletir neste 7º Domingo do Tempo Comum, tempo que não pode ser comum para nós, cristãos, pois a Eucaristia, a oração e a Evangelização são cada vez mais necessárias nos dias de hoje. Por que pensamos em fazer o mal? Por que pensamos em levar vantagens sobre os outros? Essas e outras perguntas, Jesus nos convida a fazer para nós mesmos. Na próxima quarta-feira, se inicia a Quaresma, tempo de nos prepararmos para a Páscoa, tempo de pensarmos nas atitudes que nos distanciam de Cristo, tempo de pensarmos se usamos o nome de Jesus só na hora de pedir, mas tempo de ser curado, tempo de pegar nossas cruzes, nossos problemas e caminhar, junto com Cristo, para um mundo mais humano.
O texto de hoje nos apresenta Jesus em casa, mas onde é a casa de Jesus, se Ele mesmo diz que não tem onde repousar a cabeça? Com certeza, está hospedado na casa de um de seus discípulos, ou dos pecadores, isto é, Jesus não procura status, ver se a pessoa é pobre ou rica, mas quer acolhimento, quer nossa disposição em ser exemplos de vida, de fé e de superação. E Jesus lhes anunciava a Palavra, ou seja, Ele aproveitava a oportunidade de muitos virem a Ele em busca de um milagre para devolver a alegria ao coração, muitas vezes magoado, sem vida, e alguém que não tem vida, só serve para fazer número. Jesus não quer que sejamos só mais um ou mais uma, quer que sejamos o Evangelizador, a Evangelizadora, o exemplo de vida, o exemplo de fé, o exemplo de conversão. E isso falta muito nos dias de hoje, e é nosso dever, ser cristão, ser Católico pra valer, não só por numero.
Do mesmo modo que no Domingo passado, Jesus cura o leproso, pois vê sua fé, hoje Ele cura o paralítico por ver a fé quintuplicada, isto é, não era só o homem que queria a cura, mas sim, os homens que o carregavam tinham fé de que este homem pudesse ter uma vida digna, o que diga-se de passagem, Jesus dava a todos que o procuravam, um exemplo que nós, civilização da tecnologia, da inovação, não conseguimos dar a tantos que vivem em condições subumanas, isto é, nem vivem, vegetam, penam. É hora de refletirmos, se temos fé, de que vale a nossa fé, em quem temos fé, e porque temos fé. Se tudo isso se resume em Jesus, estamos meio certos, mas se isso se resume em Jesus, para cuidar da vida estamos não somente certos, mas estamos 100% no caminho ao encontro do Cristo que curou a uns, mas amou a todos.
Jesus toma, e nos chama a cada vez mais termos atitudes de compaixão para com os paralíticos, os cegos, os surdos, e não só os deficientes de corpo, mas os de alma, os que vivem sem sentido, e muitos assim vivem. Jesus acima de tudo ama, e perdoa, sendo Filho de Deus, todo-poderoso Ele não teria poder de condenar? de acabar com estes seres infelizes? Mas Ele, sendo Deus que é amor, perdoa, isto é, renova nosso coração. Eis o momento propicio para isso, a Quaresma que iniciamos na quarta-feira será o momento mais propício para revermos nossas atitudes, e com fé, irmos ao encontro de Jesus, seja na Eucaristia, na Oração, na confissão e também nos encontros de famílias.
Quando Ele diz: “Teus pecados estão perdoados”. Os grandões da sociedade o espremem, tentando o comprometer, chamando-o de blasfemo, isto é, mentiroso. Mas a pergunta que Jesus faz é a simples amostra de que a sociedade quer, mas não faz por onde, isto é, queria o Messias, mas não queria viver como o Messias, queria curas, milagres, mas não queria, arrependimento, não queria acolhimento, que é tudo o que Jesus, desde os antigos profetas, até o apóstolo Paulo nos pedem para que possamos viver mais felizes.
A Igreja da América Latina é feliz, pois o Documento de Aparecida nos diz: “Os rostos sofredores dos pobres são rostos sofredores de Cristo” (DAp 393). E se Cristo sofre junto, o que fazer? Se sabemos que sem Cristo não há vida, não há luz, não há futuro, devemos viver no acolhimento, no amor, no perdão promovendo a vida, pois só assim nosso caminho estará 100% certo na caminhada da construção do Reino de Deus.
Jesus pergunta, por que pensamos em fazer o mal? Por que pensamos em ser indiferentes? Por que pensamos em destruir a vida do planeta? O que na maioria das vezes fazemos. Jesus nos pergunta e nos quer fazer pensar, isto é, de que vale a um homem ganhar o mundo, passando por cima de tudo e de todos, se dele não pode aproveitar, por estar envolvido em falcatruas? É hora de pensarmos, refletirmos, nos arrependermos e recomeçarmos. Jesus, como deu ao paralítico a chance de recomeçar nos dá, a cada dia esta chance de viver mais felizes e melhor.
Muitas vezes nos passamos, querendo, por paralíticos, damos desculpa pra tudo, menos para o que nos interessa. Quantas vezes nos convidam para fazer uma leitura na Missa, quantas vezes nos convidam para ser voluntário na comunidade, e quase sempre, dizemos que não temos tempo, não temos tempo até que algo envolva dinheiro, status. Não adianta status, dinheiro, se não há um sentido maior na nossa vida. Jesus diz: “Levanta-te, pega tua cama e anda”, é hora de levantarmos de nossa indiferença, para vermos que há tanta gente necessitada do nosso serviço, e muitas dessas, como dito acima, não vivem, vegetam. Jesus dá novo ânimo ao coração, mas de nada adianta coração se não há razão, isto é, não pode ter graça uma vida que se vive só por viver, é necessário viver, mas por algo maior. Jesus já nos diz “Vão e façam discípulos meus todos os povos”. Mas fazemos isso? Se sim, nossa vida é de Cristo, para Cristo, e em Cristo para a construção de um mundo melhor, mas se não de que adianta ter o que temos, ser o que somos, se vivemos de nada, em nada, para nada, sem fazer nada.
E por fim o texto nos diz que: “Todos ficavam admirados e louvavam a Deus”, não precisamos dizer muita coisa. Louvar a Deus é tudo, mas não podemos nos esquecer de, Evangelizar, isto é, anunciar Jesus com nossas ações. Na semana passada Jesus diz: “Eu quero, fica curado”, hoje ele nos diz: “Levanta-te, e vai” não basta ir, por ir, é necessário ir para fazer a diferença, não somente para fazer numero.
Jovem: Nesta semana começa a Campanha da Fraternidade, que tem por tema, esse ano, a saúde pública, é hora de, pensarmos no que podemos fazer para cuidar da saúde dos nossos familiares, e da nossa saúde. Vivemos no meio da poluição, dos agrotóxicos, das doenças, é necessário se prevenir, mas também rezar, Deus está ao nosso lado, basta você enxergá-lo em sua realidade, em sua vida. Rezemos juntos a oração da Campanha da Fraternidade 2012:
Senhor Deus de amor,Pai de bondade,
nós vos louvamos e agradecemos
pelo dom da vida,
pelo amor com que cuidais de toda a criação.
Vosso Filho Jesus Cristo,
em sua misericórdia, assumiu a cruz dos enfermos
e de todos os sofredores,
sobre eles derramou a esperança de vida em plenitude.
Enviai-nos, Senhor, o Vosso Espírito.
Guiai a vossa Igreja, para que ela, pela conversão
se faça sempre mais, solidária às dores e enfermidades do povo,
e que a saúde se difunda sobre a terra.
Felipe Padilha
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