sexta-feira, 1 de abril de 2011

Chamados a Cuidar da Vida.


3º domingo da quaresma ano a. (jo 9,1-41)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João



Palavra da salvação.

            Quem sou eu? Quem é Jesus para mim? Pense e reflita. O texto que ilumina a liturgia deste 3º Domingo da Quaresma nos ensina a ir além de “estar”, nos ensina a “ser” e “estar”, isto é, ser “eu” estar em paz com “meu” eu. A liturgia nos ensina a enxergar e compreender a vida, o bem, a humildade, mas nos ensina também a colocar em prática, em todo e qualquer lugar, a fraternidade, a humildade, a solidariedade a favor da vida frente às realidades “obscuras” da vida que “cegam” e escravizam a vida.
            Este tempo da Quaresma é muito dinâmico e interliga todos os Evangelhos dos Domingos quaresmais, isto para a prática da ação e da Evangelização.
           Do sofrimento, com Cristo, caminhamos para a glória, precisamos de água, de renovação para defender a vida, Jesus nos dá de beber e, hoje somos chamados a ter Cristo como nosso “óculos”, do qual, com seu amor, com sua vida, possamos ver a criação, amá-la e defende-la.
           O texto nos situa Jesus e os discípulos que, ao ver um cego de nascença crêem que Deus seja, como imaginavam os antigos, um castigador, um carrasco, porém Jesus abre os olhos dos discípulos mostrando que, mesmo nas dificuldades Deus se faz presente.
           Na vida, tudo passa, bens, beleza, prestigio, prazeres, porém fica o bem, que se faz e as nossas atitudes para com Deus, com o ser humano e com a natureza. Jesus faz com que eles enxerguem com Ele, que não recrimina e sim liberta.  O cego não enxerga, o surdo não ouve, o mudo não fala e isso mostra que, se em nossa vidas somos cegos, surdos e mudos contra o mal, somos dele escravos. Jesus vem libertar, porém, temos que, nós querermos enxergar. Jesus anuncia a glória do mundo, se eu, se você, meu irmão, minha irmã seguirmos os seus passos, porém se dissermos, como o sego, “não sei” há grandes possibilidade de sermos, eu, você, o planeta, escravos do mal que nada faz de bem, Jesus liberta, o mal escraviza. O mal deixa como está, veja quantos jovens drogados, mortos, quantos feto, criações de Deus, abortados. Jesus nos chama a cuidar, preservar, amar e promover a vida a qualquer dia, hora e lugar. Jesus curou o cego no sábado – o nosso Domingo – Dia do Senhor – muitos o criticaram. Quando dizemos que Jesus é Luz do mundo, muitas vezes nem sabemos o que estamos dizendo. Como Ele pode ser a Luz? E como o mundo pode sofrer tanto? O cego nos diz: “Ele é um profeta” “Se não viesse de Deus nada poderia fazer.” o problema é que eles não ouvem, partem para a ignorância, o mundo vive problemático por isso, faltam ouvidos, olhos, bocas, porém que os olhos sejam para enxergar o que está errado, ouvidos para entender e boca para lutar pela vida. Jesus provoca rupturas sociais e o ex-cego, agora novo homem crê que tudo pode ser diferente, mas é necessário por a mão na massa. 
                  Jesus inverte os papéis, a vida que está escondida deve ser colocada à vista e a morte e o mal que pairam na humanidade devem ser abolidos. Amar e viver, sonhar, brincar, trabalhar não é pecado, pecado é crer somente em si, e matar tantos sonhos.
           Jovem: neste Domingo Jesus nos chama a cuidar da vida. Você está cuidando da sua? Não se esqueça de parar e pensar, de ouvir e entender que Deus está aqui, mas precisa de mim e de você para cuidar da vida como Cristo fez.

Rezemos: Senhor! Abri meus olhos para poder contemplar as vossas maravilhas e enxergar meus irmãos, os acontecimentos e as coisas muito além das aparências.
Abri minhas mãos para que jamais se fechem a quem quer que seja e estejam sempre estendidas para servir, ajudar e abençoar a todos.
Fazei meus pés andarem sempre, por duro que seja o caminho, e que, lado a lado, irmão com irmão, meus passos semeiem o bem.
Abri meus ouvidos para perceberem o grito sofrido dos meus irmãos e as palavras de cada um, tudo acolhendo em meu coração.
Soltai minha voz para proclamar a verdade e denunciar a mentira, assim me torne a voz daqueles que não têm voz mesmo que isto me dê a cruz.
Finalmente, Senhor, guardai minha fé que me faz ir muito além desta vida. E mesmo carregado de suas incertezas, vislumbre, sem demora, o vosso Reino. Amém.

Felipe M. Padilha

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