sábado, 19 de março de 2011

“levantem-se e não tenham medo”

   2º Domingo da quaresma – ano a - ,

Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.


Palavra da Salvação...


           Por que Jesus veio ao mundo? Esta pergunta impera em toda a reflexão do Evangelho este 2º Domingo da Quaresma.
           Este tempo quaresmal, que nos chama à conversão e à opção radical por Cristo nos apresenta nestes dois primeiros domingos, os extremos da missão de Cristo: o sofrimento e a glória.
           As etapas da vida de Jesus que nos são mostradas deixam uma lição, isto é, se Jesus, o Filho de Deus foi tentado, foi também glorificado. Ao ser provado, tomou para si e não renegou a missão, e, ao ser glorificado, o foi, o é e o será com aqueles que fizeram a opção sincera e radical à construção do Reino de Deus. Nós, também passamos pela mesmas vivências de Cristo em todos os ambientes em que vivemos e convivemos, seja na família, no trabalho, na escola, na comunidade, enfim, Cristo nos chama, a com Ele subir o monte, que não nos faz ser mais do que alguém, mas que nos faz passar, com Cristo, do sofrimento à glória.
           O texto Evangélico deste Domingo, dia do Senhor, nos faz olhar, interpretar e entender a transfiguração do Senhor “que não é um alienígena, nem um ser fora do comum, mas um homem, que ao dar seu “sim” tomou às costas as dores de toda a criação que ainda urge, clama por libertação. O texto nos diz que o rosto de Cristo brilhou como o Sol. A ciência explica que o Sol é o centro do universo, do mesmo modo, Jesus é o Sol do  cristão, o meu Sol, o teu Sol. O que faz o Sol? Esquenta, clareia, orienta, conduz. Cristo é o Sol, mas de que adianta o Sol se, como Pedro, não sabemos o que estamos fazendo, o que estamos dizendo? De que adianta Cristo, se não sabemos que muitos de nossos irmãos “criaturas de Deus” sofrem em dores de parto, sem Sol, sem Cristo, onde tudo é sem graça, velho, onde nada tem sentido?
           A Quaresma nos chama à conversão, que, se bem vivida, fará de nós, novas criaturas cheias de Vida, iluminadas por Cristo e apaixonadas por Deus. O texto nos fala de Jesus, conversando com Moisés e Elias, sendo questionado por Pedro sobre a construção de três tendas, hoje a nossa vida precisa ser uma tenda que abrigue a Deus, mas também precisa ser um alpendre para que, com nossas atitudes O mostremos às pessoas. Oxalá, se, na tenda da nossa vida, abrigássemos e protegêssemos o amor, a vida, fé em Deus e a vivência da missão. Se assim fosse, o que seria da criação que geme em dores de parto?  Seria por Cristo, com Cristo e em Cristo, transfigurada. Meu irmão, minha irmã, Cristo que de nós, hoje, a transfiguração das nossas atitudes, assim a criação subirá com Ele à glória do Reino de Deus, que começa aqui e agora com o amor, a humildade e o serviço a Deus no irmão que necessita.
           Voltemos ao início de nossa reflexão, voltemos à pergunta: “Por que Jesus veio ao mundo?” Tudo o que falamos acima somado com a nossa vida é a causa de Cristo ter vindo ao mundo, isto é, ao falarmos das atitudes da humanidade, das etapas da vida humana e dos valores da sociedade que é cada vez mais midiática, somado à nossa vida criada por Deus, mostra que Jesus vem libertar, dar novo alento ao povo que clama por justiça, amor e paz.
           Veja a frase que sai da nuvem: “'Este é o meu Filho amado, no qual eu pus o meu agrado. Escutai-o!”. Está na hora de eu e você, de nós pararmos e pensarmos no que é libertação. Jesus veio para isso, foi o Filho muito amado do Pai, mas será que ouvimos o que Ele diz?
           A saciedade se escandaliza quando dizemos que Deus não quer injustiças, mas elas, por méritos humanos, existem, porém a sociedade não sabe ouvir a voz de Deus que precisa de ajuda na natureza, no homem, na vida. É hora, de, como Cristo diz: “Levantem-se e não tenham medo” e ir à luta.
           Jovem, levanta-te, não tenha medo de amar, de lutar, de sonhar, mas não se esqueça que você é portador de Deus, mostre que Jesus não é um milagreiro, mas sim, o Deus libertador que nos tira do sofrimento e nos leva á glória.

Felipe M. Padilha

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