9º Domingo do Tempo Comum - Ano A.

              Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus

 

Palavra da Salvação

         O trecho Bíblico que ilumina a liturgia deste Domingo, Dia do Senhor, nos fala das três virtudes e das três iniciativas principais do cristão: a fé, a esperança e a caridade, isto é, Jesus convoca o cristão à valorização da vida pela fé em Deus o qual vemos com os olhos da fé, na criação. Ele nos mostra que esperar tudo cair do céu ou esperar a “morte” (não ter nenhum sentido para a vida), mesmo não cometendo adultérios, roubos, não incentivando a violência, não significa que se obterá o Reino dos Céus, até porque este começa aqui e agora, e se estou parado, não estou fazendo o bem, e sem fazer o bem não creio em Cristo que nos deu o maior exemplo de fé, pois acreditou em Deus mesmo nas dificuldades, esperança porque não ficou parado, denunciou, quis e quer ver um mundo sem males, e a maior de todas, a caridade, não pelos milagres, mas por sua doação na cruz.

           O texto inicia com o puxão de orelha da ação construtora da vida e do Reino dos Céus, ou seja, Jesus chama a atenção para cuidarmos e não esperarmos muito, crermos bastante e fazermos pouco. Como foi dito acima, o Reino de Deus começa aqui e agora, a partir das suas, das minhas atitudes, essas se tornarão nossas, e assim, unidas, constroem o Reino da vida.

           Temos que não ter só a fé em Jesus, mas sim a de Jesus, a de crer, amar, viver e fazer pelo bem da minha vida, da sua vida, da criação de Deus. Meu irmão, minha irmã, não adiantam só as boas intenções, não adianta só crer em Jesus, é preciso mostrá-lo com as nossas ações do dia a dia.

           Hoje se fala muito de Evangelização da Juventude, o que é extremamente importante na sociedade para que muitos jovens ainda se apaixonem por Cristo e vivam Nele, mas de nada ela adianta se o seu foco não for única e exclusivamente fazer bem ao jovem, dar-lhe o que ele precisa e isso só se confirmará se houver um “sim”, um motivo para viver. De nada adianta se a “Evangelização” for somente por exibição, para poder mostrar a importância do “Evangelizador”, não precisa de nada disso, somente seja autêntico, tenha fé, espere em Deus, mas não deixe de fazer a sua parte, defenda a vida.

           Após esta revisão de princípios e virtudes cristãs, Jesus nos dá duas alternativas, e não adianta ficar em cima do muro. A primeira, “fé, esperança e caridade” e a segunda “espera e exibição”. Vejamos os exemplos que Jesus usa para nos fazer refletir. Jesus usa o clássico Bíblico que ouvimos muitas vezes de nossos pais, professores. Jesus fala da “casa” que é uma edificação cheia de desafios, de valores, como é a nossa vida, mas o destaque, neste trecho, é para a base, os alicerces, se for fundamentada na “fé, na esperança e na caridade”, os problemas virão, as dificuldades também, mas saberemos em quem está a nossa força, no Deus da vida, assim, nossa vida será como a casa edificada sobre a rocha, teremos nossa vida fundamentada na família, no amor, na humildade, na luta por um mundo melhor. Já, se escolhermos a segunda opção, isto é, da “espera e exibição”, meus irmãos, estaremos destruídos, pois a areia, como diz o texto, não tem firmeza, ou seja, nossa vida, nossos valores são como “maria-vai-com-as-outras”, isto, pois nossa vida, se escolhermos a segunda opção, não tem nenhum sentido.

           Construir sobre a rocha é viver a Palavra de Deus nos dia a dia. Construir sobre a areia é viver a Palavra de Deus só nos sofrimento. Deus não nos quer sofrendo, quer vida, ação, aqui e agora.

           E aí meu irmão: O que escolher? O que fazer?

           Jovem: lembre-se, quarta-feira, dia 9, é Quarta-Feira de Cinzas, início da Quaresma, tempo de recolhimento e reflexão sobre nossa vida e nossas ações. No Brasil inicia também a Campanha da Fraternidade, que, este ano, nos chama a refletir sobre o sofrimento do planeta e as nossas ações para com a criação de Deus. Informe-se sobre a CF 2011 e procure aí viver a fé, a esperança e a caridade com a natureza, porque Deus está aí. Pense Nisso…

 Até o próximo encontro.

Felipe M. Padilha