“Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro".

8º Domingo do Tempo Comum. Ano –A. (Mt 6,24-34)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.

 

Palavra da Salvação

           

 

O texto Bíblico que ilumina a liturgia deste Domingo, Dia do Senhor, nos mostra e nos faz refletir sobre as duas maiores preocupações do ser humano: o dinheiro e o futuro, sim, estes dois, entre outros são os que mais fazem o ser humano agir, isto pois se crê que sem dinheiro não há  futuro e sem futuro não há felicidade. Jesus nos ensina, após nos ensinar a amar e a fazer o Reino de Deus aqui e agora, que, de nada adianta a preocupação com o que comer ou vestir se não sabemos olhar a vida com simplicidade, pois a felicidade vem de Deus presente na criação. De nada adiantam as roupas de marca se for para que elas nos rotulem como “playboys” ou coisa parecida, de nada adiantam as roupas de marca se fazemos do nosso corpo um “outdoor” ou se as mostramos mais do que nossas qualidades sendo que nada do que temos tem valor maior do que a vida.

           Jesus nos fala, no início do texto, que se servirmos a dois senhores estaremos sendo hipócritas com nós mesmos porque não estaremos de corpo e alma presentes em tudo o que fazemos, ou estaremos de corpo e não de alma ou de alma e não de corpo. Se formos de duas opiniões, de dois princípios, de duas ações que se contradizem estaremos num efeito “Chaves” que diz sim e faz, com o pescoço, sinal de não e conosco a mesma coisa, temos, muitas vezes, a mesma mania de dizermos sim com a boca e não com o coração.

           O que te preocupa? O capital? O futuro? Olhemos a Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2010 que tinha como lema o versículo 24 deste texto: “Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro”.

           Dinheiro, sim, é necessário para viver, ter e dar conforto às pessoas que queremos bem, porém, não podemos fazer dele um senhor, um deus, um chefe da nossa vida, pois se o consumismo manda na sociedade, como vemos hoje, nossos passos vacilam, e nossas decisões enfraquecem, e sendo assim, Deus não pode agir em muitas pessoas, pois têm seu coração endurecido. Deus não quer que sejamos escravos e nem donos uns dos outros, muito menos de suas dádivas, com a natureza, e a vida, mas quer sim, que possamos nos compadecer de tantas pessoas que perecem, morrem por falta de oportunidade.

           Com o futuro é a mesma coisa, não adianta eu querer ser um empresário de sucesso amanhã, se eu não vivo o hoje me aperfeiçoando, e não inicio agora a construção da minha carreira profissional. Meu irmão, minha irmã, o Reino de Deus começa aqui e agora.

          Jesus puxa a nossa orelha: sejam simples sejam autênticos, sirvam a um só Senhor, o Deus da Vida. Ele nos chama de “gente de pouca fé”, e, efetivamente nós o somos, pois não conseguimos acreditar em nós mesmos, em nossas qualidades, e se não confiamos em nós, também não confiamos em Deus porque Ele está em cada um de nós.

           Nos últimos quatro domingos, Jesus nos chamou a ser santos, e ser santo começa com a santidade, isto é, a vontade, e a pureza de nossas atitudes. E a principal delas deve ser a humildade para fazer o Reino de Deus em todo e qualquer lugar. 

           Veja, Jesus nos fala sobre a humildade, que impera na natureza, e se há humildade, Deus está presente aí. Viva este momento, ame a Vida, ame sua família, ame a Deus.

 

           Olhe esta frase: “Não deixe que os erros de ontem, e os desafios de amanhã estraguem o seu presente”. Deus nos deu a vida de presente, cuidemos dela em todos os lugares, amemos ela em todos os momentos e sejamos sentido dela, ou seja, sejamos portadores do Deus da Vida em todo o lugar e em qualquer tempo. Alimentemo-nos do ar que Deus nos dá. Renovemo-nos na águas do batismo que celebram a vida. Aqueçamo-nos com o sol, sinal do Cristo que nos ama e que se consome por nós e amemos a terra, Deus que sustente a nossa vida.

           Jovem: Você viu o que Jesus falou. Seja você mesmo. Faça da sua vida uma festa, pois Deus te criou à sua imagem. Ele é Jovem. Faça este Reino acontecer no seu dia a dia.

Felipe M. Padilha