
A inspiração inicial foi dos bispos austríacos, liderados pelo Cardeal Schönborn. Pensando na melhor forma de preparar os jovens que irão a Madri para o encontro com o Papa, surgiu a idéia de dar-lhes um livro para colocar na sua mochila, um livro que falasse de fé com o imediatismo e o frescor da sua linguagem. A equipe de teólogos, peritos na catequese e juventude, começou a trabalhar e deu vida à "Youcat”, um subsídio que em quatro capítulos, resume com ilustrações, perguntas e respostas, quatro temas principais: “Em que acreditamos”; “A celebração do mistério cristão”; A Vida de Cristo”; e “A Oração na vida cristã”.
O resultado foi muito apreciado por Bento XVI, como se pode ler no prefácio do livro, publicado com exclusividade, na edição de fevereiro, pela revista “Mensageiro de Santo Antônio”. Recordando a gênese difícil do “Catecismo da Igreja Católica” – uma obra complexa e “audaz”, pois condensa dois mil anos de experiência e diversidade eclesial em um único livro - Bento XVI lembra que, já na época, se perguntou se não fosse o caso de “traduzir”, por assim dizer, o texto do Catecismo aproximando-o a determinadas categorias de pessoas.
“Youcat” é essencialmente isso: uma espécie de “tradução” do Catecismo pensado para os jovens. “Espero que muitos jovens se deixem cativar por esse livro”, auspicia Bento XVI, que observa: “Algumas pessoas me dizem que o catecismo não interessa à juventude de hoje; mas eu não acredito nessa afirmação e tenho certeza de que estou certo. A juventude não é tão superficial como muitos dizem, os jovens querem saber o que é realmente a vida”. E o Papa acrescenta: “Um romance policial é atraente, porque nos envolve no destino de outras pessoas, mas que poderia ser também o nosso; esse livro é interessante porque nos fala do nosso próprio destino e, portanto, está intimamente relacionado com cada um de nós”.

E assim conclui o Papa: “Vocês sabem que a comunidade dos fiéis nos últimos tempos foi ferida pelos ataques do mal, pela penetração do pecado no seu interior, chegando ao coração da Igreja". Pois bem, escreve: “Não tomem isso como uma desculpa para fugir dos olhos de Deus; vocês são o corpo de Cristo, a Igreja! Levem o fogo intacto do seu amor a esta igreja todas as vezes que os homens obscurecem o seu rosto”.
Fonte: Rádio Vaticano
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