O jovem da bíblia não era muito diferente dos jovens de hoje em relação a sonhos e aspirações. Hoje os jovens têm acesso a muitas coisas que não existiam no passado, mas tanto os de ontem como os de hoje desejavam progredir na vida e serem felizes.
Hoje ele/a deseja ter um carro para se locomover, casa para morar, terra para produzir, construir uma família ou seguir uma vida religiosa. Aquele desejava ter um rebanho que multiplicasse, terra para a produção de alimentos, um/a companheiro/a para construir uma família, uma grande descendência e um Deus para cultuar.
Podemos lembrar alguns personagens como, por exemplo, Jacó que a certa altura da vida recebeu a benção do pai para ir procurar uma esposa na casa de Batuel seu avô materno. Partiu e ao chegar na casa de seu tio Labão se encantou por sua prima Raquel, e se propôs trabalhar sete anos para seu tio em troca dela. Quando venceu o prazo Labão deu um banquete para as núpcias, mas chegando a noite trocou as filhas, e deu a Jacó a filha mais velha, Lia. Jacó reclamou com seu tio que alegou ser costume casar a filha mais velha primeiro e então, propôs que ele trabalhasse mais sete anos em troca da outra e após a semana de núpcias daria-lhe Raquel.
Apesar de muitas intrigas de seu sogro, Jacó prosperou e se multiplicou. Quando voltou a reencontrar seu irmão Esaú, este ficou muito admirado e lhe perguntou: “Quem são estes que estão com você?” Jacó respondeu: “São filhos com que Deus presenteou seu servo” (Gn 33, 5). E também perguntou: “Que significam todos esses rebanhos que eu vinha encontrando pelo caminho?” Jacó respondeu: “É para alcançar as graças do meu senhor”. Esaú replicou: “Caro irmão, eu tenho o suficiente. Fique com o que é seu”. Jacó insistiu: “De modo algum! Se alcancei o seu favor, aceite estes presentes de minha mão, pois vim a sua presença como se eu fosse à presença de Deus, e você me acolheu bem. Aceite, portanto o presente que lhe ofereço, pois Deus me favoreceu, e eu tenho tudo o que preciso” (Gn 33, 8-11). Jacó se sentia abençoado por Deus, tinha uma grande família e um grande rebanho e ainda podia voltar para casa.
Temos também Jeremias que foi chamado por Deus para ser profeta: “Antes de formar você no ventre de sua mãe, eu o conheci; antes que você fosse dado à luz, eu o consagrei, para fazer de você profeta das nações”. Mas eu respondi: “Ah, Senhor Javé, eu não sei falar porque sou jovem”. Javé, porém, me disse: “Não diga “sou jovem”, porque você irá para aqueles a quem eu o mandar e anunciará aquilo que eu ordenar. Não tenha medo deles, pois eu estou com você para protegê-lo – oráculo de Javé” (Jr 1, 4-8). Como a maioria das pessoas, o jovem também tem medo de assumir sua vocação e contribuir com sua parcela na sociedade e não foi diferente com Jeremias antes de aceitar o chamado de Deus.
Outro chamado por Deus é Oséias. Em seu livro existe uma comparação com a prostituição de sua esposa e o povo de Israel. Este se prostitui com outros deuses e com as alianças econômicas realizadas com paises estrangeiros. Diz Javé a Oséias: “Vá! Tome uma prostituta e filhos da prostituição, porque o país se prostituiu, afastando-se de Javé”. Então Oséias foi e tomou Gomer, filha de Deblaim. Ela ficou grávida e lhe deu um filho (Os 1, 2-3). Oséias mostra através de sua história o pecado do povo, mas mostra também a misericórdia de Deus para com aqueles que mudam de vida.
O exemplo está no final do livro onde Javé faz uma linda declaração de amor a sua esposa, representada pelo povo de Israel: “Eu vou curar a sua apostasia, vou amá-los de todo o coração, pois a minha ira se apartou deles. Serei como orvalho para Israel; ele florescerá como lírio e estenderá raízes como o cedro do Líbano. Seus galhos crescerão, seu esplendor será como da oliveira e seu perfume será como do cedro do Líbano. Voltarão a sentar-se à minha sombra, farão reviver o trigo, florescerão como videiras e serão famosos como o vinho do Líbano” (Os 14, 5-8).
A vocação ao casamento também é celebrada em muitos livros, e não poderia deixar de escrever sobre a jovem Sulamita do Cântico dos Cânticos. Neste livro temos um hino ao amor onde aparece dois jovens apaixonados e a luta de Sulamita para ficar com o amado que escolheu. No decorrer do hino descreve ele a beleza e a pureza de sua amada: “Como você é bela, minha amada, como você é bela!... São pombas seus olhos escondidos sob o véu. Seu cabelo.... um rebanho de cabras ondulando nas encostas de Galaad (Ct 4,1). Você é meu jardim fechado, minha irmã, noiva minha, um jardim fechado, uma fonte lacrada (Ct 4,12). Ela também revela a formosura de seu amado: “A voz do meu amado! Vejam: vem correndo pelos montes, saltitando pelas colinas! Meu amado é como o gamo, um filhote de gazela. Ei-lo postando-se atrás da nossa parede, espiando pelas grades, espreitando pela janela (Ct 2,8-9).
O local descrito nos representa ser campestre, pois todas as comparações são com animais e plantas, mas o que encanta neste livro é a celebração ao amor escrita a tantos anos atrás. Nele está escrito o amor de homem e mulher, e também o amor de Deus pela humanidade. E nos perguntamos será um amor humano ou divino? Não importa, pois os dois amores vêm de Deus. Quer prova maior do que Deus ter-nos feito a sua imagem e semelhança?
Todos estes personagens foram crianças, jovens, adultos como o são hoje os nossos João, Eliana, Marcos, Maria e nesta certeza podemos cantar: “ide juventude, anunciai a palavra...”
Sandra Regina Pereira
Assessora da PJ e Cebi
Hoje ele/a deseja ter um carro para se locomover, casa para morar, terra para produzir, construir uma família ou seguir uma vida religiosa. Aquele desejava ter um rebanho que multiplicasse, terra para a produção de alimentos, um/a companheiro/a para construir uma família, uma grande descendência e um Deus para cultuar.
Podemos lembrar alguns personagens como, por exemplo, Jacó que a certa altura da vida recebeu a benção do pai para ir procurar uma esposa na casa de Batuel seu avô materno. Partiu e ao chegar na casa de seu tio Labão se encantou por sua prima Raquel, e se propôs trabalhar sete anos para seu tio em troca dela. Quando venceu o prazo Labão deu um banquete para as núpcias, mas chegando a noite trocou as filhas, e deu a Jacó a filha mais velha, Lia. Jacó reclamou com seu tio que alegou ser costume casar a filha mais velha primeiro e então, propôs que ele trabalhasse mais sete anos em troca da outra e após a semana de núpcias daria-lhe Raquel.
Apesar de muitas intrigas de seu sogro, Jacó prosperou e se multiplicou. Quando voltou a reencontrar seu irmão Esaú, este ficou muito admirado e lhe perguntou: “Quem são estes que estão com você?” Jacó respondeu: “São filhos com que Deus presenteou seu servo” (Gn 33, 5). E também perguntou: “Que significam todos esses rebanhos que eu vinha encontrando pelo caminho?” Jacó respondeu: “É para alcançar as graças do meu senhor”. Esaú replicou: “Caro irmão, eu tenho o suficiente. Fique com o que é seu”. Jacó insistiu: “De modo algum! Se alcancei o seu favor, aceite estes presentes de minha mão, pois vim a sua presença como se eu fosse à presença de Deus, e você me acolheu bem. Aceite, portanto o presente que lhe ofereço, pois Deus me favoreceu, e eu tenho tudo o que preciso” (Gn 33, 8-11). Jacó se sentia abençoado por Deus, tinha uma grande família e um grande rebanho e ainda podia voltar para casa.
Temos também Jeremias que foi chamado por Deus para ser profeta: “Antes de formar você no ventre de sua mãe, eu o conheci; antes que você fosse dado à luz, eu o consagrei, para fazer de você profeta das nações”. Mas eu respondi: “Ah, Senhor Javé, eu não sei falar porque sou jovem”. Javé, porém, me disse: “Não diga “sou jovem”, porque você irá para aqueles a quem eu o mandar e anunciará aquilo que eu ordenar. Não tenha medo deles, pois eu estou com você para protegê-lo – oráculo de Javé” (Jr 1, 4-8). Como a maioria das pessoas, o jovem também tem medo de assumir sua vocação e contribuir com sua parcela na sociedade e não foi diferente com Jeremias antes de aceitar o chamado de Deus.
Outro chamado por Deus é Oséias. Em seu livro existe uma comparação com a prostituição de sua esposa e o povo de Israel. Este se prostitui com outros deuses e com as alianças econômicas realizadas com paises estrangeiros. Diz Javé a Oséias: “Vá! Tome uma prostituta e filhos da prostituição, porque o país se prostituiu, afastando-se de Javé”. Então Oséias foi e tomou Gomer, filha de Deblaim. Ela ficou grávida e lhe deu um filho (Os 1, 2-3). Oséias mostra através de sua história o pecado do povo, mas mostra também a misericórdia de Deus para com aqueles que mudam de vida.
O exemplo está no final do livro onde Javé faz uma linda declaração de amor a sua esposa, representada pelo povo de Israel: “Eu vou curar a sua apostasia, vou amá-los de todo o coração, pois a minha ira se apartou deles. Serei como orvalho para Israel; ele florescerá como lírio e estenderá raízes como o cedro do Líbano. Seus galhos crescerão, seu esplendor será como da oliveira e seu perfume será como do cedro do Líbano. Voltarão a sentar-se à minha sombra, farão reviver o trigo, florescerão como videiras e serão famosos como o vinho do Líbano” (Os 14, 5-8).
A vocação ao casamento também é celebrada em muitos livros, e não poderia deixar de escrever sobre a jovem Sulamita do Cântico dos Cânticos. Neste livro temos um hino ao amor onde aparece dois jovens apaixonados e a luta de Sulamita para ficar com o amado que escolheu. No decorrer do hino descreve ele a beleza e a pureza de sua amada: “Como você é bela, minha amada, como você é bela!... São pombas seus olhos escondidos sob o véu. Seu cabelo.... um rebanho de cabras ondulando nas encostas de Galaad (Ct 4,1). Você é meu jardim fechado, minha irmã, noiva minha, um jardim fechado, uma fonte lacrada (Ct 4,12). Ela também revela a formosura de seu amado: “A voz do meu amado! Vejam: vem correndo pelos montes, saltitando pelas colinas! Meu amado é como o gamo, um filhote de gazela. Ei-lo postando-se atrás da nossa parede, espiando pelas grades, espreitando pela janela (Ct 2,8-9).
O local descrito nos representa ser campestre, pois todas as comparações são com animais e plantas, mas o que encanta neste livro é a celebração ao amor escrita a tantos anos atrás. Nele está escrito o amor de homem e mulher, e também o amor de Deus pela humanidade. E nos perguntamos será um amor humano ou divino? Não importa, pois os dois amores vêm de Deus. Quer prova maior do que Deus ter-nos feito a sua imagem e semelhança?
Todos estes personagens foram crianças, jovens, adultos como o são hoje os nossos João, Eliana, Marcos, Maria e nesta certeza podemos cantar: “ide juventude, anunciai a palavra...”
Sandra Regina Pereira
Assessora da PJ e Cebi
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